segunda-feira, 2 de maio de 2011

pessoas são passarinhos

Suas asas em volta do seu corpo, escudo contra o frio.
Protegido no azul do céu, camuflado por entre as nuvens.
De repente despenca do alto em queda livre, se permitindo, se libertando.
Não há porque esperar o que já é certo acontecer, sua ida direta ao chão.
Mais pesado que o ar, mais leve que um avião, um pássaro ferido no céu não reluta ao cair
e agradece por seu último mergulho fazendo deste um verdadeiro Show.

Meu medo não é a queda, a morte ou fim e sim o arrependimento.
Ir partindo de vagar desejando voltar para corrigir o que não foi feito
é a pior das penas que se pode pagar, é dor incrível é lamentável.
Sabe que se culpar não o trará de volta e se arrepender é inútil,
nessa hora nada o reconhecerá como alguém que já mais errou.
Apenas seja fiel ao que você foi e ao que você viveu.
São horas de queda até o chão, use-as para se perdoar.