terça-feira, 1 de setembro de 2009

Seu inferno, sua calma

Em frases desconcertantes,
permita-me leva-la ao céu.
Enchendo sua boca com a minha saliva
e o meu peito com o seu mel.

Diz que de doce é feito o amor.

Depois,
grita toda sua dor rasgando o meu coro.
Batendo-me com punhos fortes,
chorando até cansar.

Ameaça que no meu leito não dorme mais.

Porém amanhece abrindo as flores do perdão.
Ligando-me pede para voltar,
querendo me cobrir ao cair da noite
e com mil beijos deseja me despertar.

Abraçando-me, pede por mais.

Mas ao fim da tarde escarra seus medos
apontando-me o dedo a face
dizendo não temer mais a verdade
que cumprirá o que promete e parte.

Alegando ter um tempo precioso de mais.

Mas depois da chuva, volta
me mostrando seu alvoroço!
lava-me o rosto, prepara-me o café e o almoço,
dizendo que mal posso esperar pelo jantar.

Admitindo que sua sina tem meu nome, volta a me beijar.

Em seguida diz já estar cansada,
empurrando-me porta a fora
promete não me atender mais.
Jura ser para valer e novamente sai.

E no dia seguinte volta
de mãos e pés atados.
Reclamando que tudo é inferno,
mas que no fundo sabe:

só em mim é possivel encontrar a calma.

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